Halloween, como todos sabem, é uma festa bem bacana (quando é autêntica – o que não é o caso daquela coisa patética que temos no BR; autêntico prá gente é o carnaval). As pessoas se fantasiam, vão em baladas, saem fazendo bagunça pelas ruas e as crianças no trick-or-treat, é óbvio. Isso tudo, se torna ainda mais gostoso com o friozinho que faz nessa época do ano e todas aquelas folhas caindo, além do fato de começar a escurecer mais cedo.
No ano passado eu falei das baladas nada inocentes e super animadas. Este ano, por motivos aleatórios, me abstive delas, mas não deixei de ver coisas engraçadas pela rua. E tb um lado mais paranóico que eu nunca tinha prestado atenção: com a clima de desconfiança (não de insegurança) em que vivemos hoje em dia na América do Norte, o trick-or-treat (a brincadeira das crianças de sair pela rua pedindo doces) se tornou um ritual metódico. Os pais ficam acompanhando tudo por medo de pedofilia, e revistam tudo que as crianças ganham com medo envenenamento e outras loucuras. Inclusive, muitos pais levam os filhos p/ pedir doces em lugares controlados, como shoppings, ou trocam os doces que as crianças arrecadaram por doces comprados por eles próprios de tão grande o medo, alimentado por lendas urbanas sem muita base na realidade, mas não se pode censurá-los pelo zêlo, é claro. Realmente, o mundo perdeu a inocência, a espontaneidade e a tranquilidade há tempos. Por fim, para dar um tom macabro, 4 pessoas foram baleadas na porta de uma boate (ninguém se feriu gravemente). Foi algo que não faz parte do cotidiano daqui, quase certamente ligado a disputas de gangues, e deixou as pessoas assustadas. É… isso foi macabro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário