segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Universos femininos opostos

Eu já toquei neste assunto aqui no blog, mas tenho me deparado tanto com esta questão que me vejo "obrigado" a aprofundar um pouco mais análise do ponto específico: a enorme diferença de atitude e mentalidade entre as mulheres brasileiras e canadenses, ainda mais quando se pode observar os dois grupos no mesmo ambiente, que é o que eu tenho tido a oportunidade de fazer ultimamente.

Todos nós conhecemos muito bem as delícias e as tragédias da cultura latina, mas me parece que no quesito condição feminina, o lado latino é bem trágico. Talvez porque o feminismo nunca tenha acontecido ao sul dos EUA. Digo isso me referindo à baixa auto-estima e autonomia das mulheres latinas em geral, cuja atitude "encucada" e prisioneira chama mais a atenção quando estão aqui.

E a diferença é que as canadenses, embora em sua maioria também sejam convencionais e guiadas por princípios de conduta e ideologia comuns, sempre demonstram uma atitude serena, consciente e "dona de si" em seus atos - sejam elas convencionais ou alternativas. Em suma: não têm dono e não devem nada a ninguém. Já, as brasileiras, além de serem todas convencionais, demonstram insegurança e vivem preocupadas em excesso com detalhes fúteis, como aparência ideal, princípios moralistas arcaicos (mesmo as que "aprontam"), modelos de relacionamento e o que os outros vão pensar ou dizer delas. É uma diferença de postura e mentalidade absurda!

Comparando-as com as canadenses, me parece que não são felizes (por serem tão preocupadas e limitadas) e terão poucas chances de sê-lo, por se apegarem tanto aos paradigmas que as limitam. Já cansei de ouvir brasileiras se queixando do próprio corpo e preocupadas com o que terceiros dizem delas, por exemplo. Sem falar na necessidade de se mostrarem "recatadas" (mesmo quando não são) e se preocuparem demais com relacionamentos e suas definições, regras e aprovação por parte do público. Moralismo então, seja hipócrita ou autêntico, é o fim da picada. Coisa mais estranha!

Claro que estou generalizando e obviamente existem exceções, mas a regra que eu tenho observado é um tanto deprimente. Apesar de sentir falta da sensualidade das brasileiras, este problema que eu sempre percebi e agora fica cada vez mais escancarado, acaba por me afastar cada vez mais delas.

4 comentários:

Lulibel disse...

É Alex, concordo com vc. E já fui muito julgada por ter um comportamento diferente das latinas. Apesar de viver de Brasil, já morei fora, e aprendi a me valorizar de uma maneira diferente da que estava acostumada aqui.
Minha família e amigos tiram sarro de mim, dizendo que sou poderosa, que não vão deixar as mulheres da família andarem comigo, pois sou muito revolucionária... Ainda bem que arrumei um maridão que me adora desse jeito!
E o pior é perceber, cada vez mais, que fico deslocada aqui.
Beijos,
Lu

A. disse...

Este é um assunto deveras complexo pq a maioria nem tem capacidade p/ se tocar disso, outras têm e acham q é assim q deve ser mesmo e, por fim, outras são posers fingindo q não são assim.
Outra coisa q vc citou e eu tinha me esquecido: o maridão. Qdo eu olho p/ as brasileiras parece q tá sempre faltando essa figura e q a vida delas é totalmente voltada a essa busca (por mais q tentem disfarçar enqto caçam).
Claro q as canadenses tb se casam, mas olhando p/ elas eu não vejo isso. Parece q elas estão bem com elas mesmas, e q o maridão é apenas um detalhe e não a finalidade da vida delas.
Enfim, q bom q vc é diferente e se orgulha disso. Antes houvessem mais assim.
Valeu pelo comment. Bjo!

Rosana disse...

Brasileiras são educadas para serem frágeis, amedrontadas, bobinhas, burrinhas e incompetentes. Verdadeiras princesinhas do papai e depois do maridão na vida adulta (machismo pouco é bobagem). Superprotegidas, não são preparadas para uma vida independente.
Ser uma profissional de sucesso, bem remunerada, uma mulher de opinião e dona de suas decisões (nem vou falar da sexualidade) não é bom negócio, afinal isto afugenta um possível pretendente que, dono de um belo complexo de inferioridade, não pode se sentir menor que sua parceira.
Cria-se a cultura da "mulherzinha", toda delicada, que não presta para abrir uma lata de refrigerante sem ter que pedir auxílio do macho ao lado. Bonitinho né...tão meiguinha. Tem quem goste, é não é pouco, como bem sabemos.

Pry Pires disse...

haha mas em um pais onde zorra total esta no ar ha mais de 5 anos (10 anos, nao sei), vcs querem o que?