Remembrance day: sobre guerra e paz

Hoje foi mais um dia dos veteranos. Um lindo dia de sol, com temperatura de apenas 4 graus, e um vento muito gelado. E eu estava lá na Victoria Square, sentindo frio e acompanhando a cerimônia de homenagens. O outono e o frio deixam tudo ainda mais triste, belo, e emocionante. Mas não fui lá só pelo espetáculo, como a maioria dos não-nascidos no Canadá. Fui porque eu realmente valorizo muito o que se comemora nesta data, que é não apenas o sacrifício daqueles que morreram servindo o seu país nos campos de batalha do mundo todo e também os que ainda servem mas, especialmente, os valores pelos quais eles morreram ou vivem, e dos quais eu também sou protetor, mesmo não sendo soldado. Embora eu agora seja canadense, também não estava lá só por isso, mas para cultuar os valores ocidentais e seus protetores de forma geral.

Eu sei que é muito complicado realmente entender o significado de tudo isso para quem é brasileiro e não tem vivência no "ocidente". O Brasil, como sabemos, pelo menos geograficamente falando, se encontra no ocidente mas, em termos de valores e mentalidade, nem tanto. Lá não se compreende e nem se preza a cidadania. Não se entende e nem se protege os valores de liberdade, individualidade e legalidade, racionalidade, auto-determinação e livre-iniciativa sobre os quais o ocidente foi construído. E os militares são desrespeitados, chamados de "porcos", "reacionários", "fascistas" e etc - palavras estupidamente usadas por estúpidos escravizados pelo marxismo cultural e esse esquerdismo caquético, ignorante, doentio, fascínora, cafona e burro que domina a mentalidade brasileira. E o enorme desrespeito que o Brasil destina aos seus veteranos? Os ignora! Uma vergonha extrema! Afinal, "porcos" que lutaram pela liberdade não merecem homenagens. Apenas os terroristas que queriam implantar uma ditadura comunista no país são considerados dignos naquela república de bananas. Eles são os "heróis" que agora governam o desgoverno. Enquanto isso, o brasileiro "tira onda" de "povo pacífico" quando, na verdade, é covarde e submisso. Prefere pagar com a dignidade e a liberdade por uma paz fajuta, de quem vive numa guerra civil não-declarada e também morre nela, só que de um jeito vergonhoso. Lembrando que ninguém gosta de guerra mas, povos responsáveis e respeitáveis como o povo do qual eu faço parte agora, não se esquivam de suas responsabilidades perante o mundo e nem perante eles mesmos. E vão à guerra, quando é necessário. O Canadá, mesmo sem precisar, nunca deixou de se colocar ao lado dos países decentes, aqueles que lutam pelo que é certo. E os que pereceram naqueles momentos de luta hoje são homenageados e relembrados por todos nós, com muita gratidão e carinho. Ainda se pode ver aqueles velhinhos muito orgulhosos em seus uniformes e cadeiras de rodas, saindo aplaudidos da praça. Isso sim, é civilização! É tocante ver de perto a gratidão sincera e muito séria de todo um país para com eles.

Sim, eu também me sinto orgulhoso, feliz e extremamente afortunado em, pelo menos agora, fazer parte de uma nação digna, que conhece e protege seus valores, respeita e cultua os princípios civilizatórios que fazem parte de sua fundação e que garantiram o desenvolvimento do que há de melhor no mundo atual, ainda que sob ataque de bárbaros medievais e idiotas doutrinados que os apoiam, em detrimento do que é decente, moral, racional e justo. E a nossa luz nunca vai se apagar, especialmente quando tantos morreram para mantê-la acesa. Eu amo o ocidente - o verdadeiro ocidente. Por isso eu vivo aqui.

Abaixo, um vídeo de um dos pontos altos da cerimônia, o "lamento", que eu gravei hoje:


Agora, um video da parada toda, de 2 anos atrás, que eu achei no Youtube: