Desde os anos 60, e baseada na tradicional política liberal do Canadá, a exigência de fluência no inglês ou francês para imigrantes tem sido baixa - apesar de mesmo assim haver reclamações. E tal política visava evitar qualquer tipo de discriminação a qualquer povo e cultura. Até hoje, os candidatos apenas fazem uma prova que não é fácil, mas também não garante domínio de idioma algum. E, muito além disso, muitos imigrantes não falam palavra alguma de francês ou inglês! Isso ocorre com aqueles que vêm para cá "de carona" no processo de familiares ou cônjuges.
Agora, o governo conservador quer mudar esse quadro. Vai ser mais exigente neste aspecto. E críticas já começaram, pois alguns entendem a atitude como uma forma de dificultar a vida dos candidatos asiáticos, especialmente chineses - já tão numerosos aqui e famosos por ter mais dificuldade com nossas línguas ocidentais e serem via de regra menos fluentes e menos inteligíveis.
Talvez essa seja também uma razão, mas o governo tem uma desculpa oficial muito boa e baseada em números confiáveis: imigrantes que dominam o inglês (britânicos, americanos, australianos, etc) ganham acima da média. Filipinos (que também falam bom inglês - via de regra) ganham menos, mas têm alto índice de empregabilidade. Já, asiáticos em geral ganham muito abaixo da média canadense e têm mais problemas para arranjar emprego. E isso é determinado pelas habilidades de comunicação. Como o Canadá quer imigrantes que se integrem e sejam bem-sucedidos, faz sentido dar vantagem àqueles mais bem preparados neste aspecto. Eu concordo, e não apenas por isso.
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