Felicidade é um assunto extremamente complexo, relativo e pessoal, muito embora a maioria das pessoas se iluda com ideias de felicidade impostas pela sociedade. Levantamentos e rankings nesse sentido também devem ser vistos com desconfiança, pois medem algo que não é totalmente mensurável e não podemos saber o quanto a medida de um sentimento é representativa do que sente um grupo de pessoas.
Entretanto, tais levantamentos podem sim nos dar uma boa noção sobre a qualidade de vida (base de felicidade) em diferentes lugares do mundo. Mas também temos que nos lembrar de que qualidade de vida não é a mesma coisa que riqueza, muito embora as duas estejam relacionadas de alguma forma.
De acordo com o último levantamento da ONU, como poderíamos esperar, países do norte da Europa são os mais felizes (Dinamarca, Finlândia, Noruega e Holanda). Em quinto lugar, temos o país mais feliz das Américas: o Canada! Sim, o frio e "paradão" Canadá. Os EUA vem na posição 11. O coitado do Brasil, na 25. Quanto aos primeiros colocados, isso mostra que "alegria" não é felicidade. O povo aqui é devagar, pouco animado, sem graça, mas se considera e é feliz, por viver num local seguro em todos os aspectos, tranquilo e civilizado, onde se pode trabalhar, prosperar e ter esperança de forma realista. O Brasil, com toda sua "alegria" mas também analfabetismo, crime, corrupção deslavada, falta de educação, doença e outras misérias, só pode mesmo ficar relegado ao segundo (ou terceiro?) pelotão. O ranking me parece bem coerente.
Enfim, para ser feliz, não adianta "alegria", praia, sol, batuque, futebol e malandragem. São necessárias políticas sociais, econômicas e culturais - além de justiça - que fomentem a felicidade. E não precisa ser rico! Basta ser decente, responsável, honesto e racional. Eis aí a receita da felicidade, que o Brasil está muito longe de aprender, pois felicidade é coisa séria. Não basta um sorriso.
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