Esta semana, o governo quebecois distribuiu a novos imigrantes uma cartilha sobre como se comportar no Canadá. As dicas incluem coisas muito óbvias, como não fazer proselitismo religioso (esta serve também para brasileiros), não falar alto demais (esta especialmente), não comer comida fedorenta fora de casa (essa é para chineses), ser pontual, não matar mulheres da família por questões de "honra" (esta para muçulmanos e outros misóginos), ter boa higiene, não cheirar mal, etc.
Apesar de algumas dicas serem óbvias para nós, não são para muitas pessoas de culturas "exóticas", que realmente precisam ser conscientizadas delas, pois fazem certas coisas como se não fossem incômodas ou simplesmente sabem e não se importam, o que cria uma situação de incivilidade que nenhuma sociedade decente deve permitir. Os chineses sabem que a comida deles fede? Os brasileiros sabem que estão falando alto demais ou que estão desrespeitando os outros quando enfiam "deus" e Jesus em suas conversas ou posts na internet a todo momento? Melhor garantir que eles saibam. Os críticos (sempre os politicamente corretos) dizem que tal medida é ofensiva e se baseia em estereótipos (algo com o qual eu sarcasticamente brinquei no parágrafo acima e neste). Mas acontece que muitas vezes estereótipos se baseiam na realidade, e nesse caso, precisam ser discutidos, e não simplesmente ignorados e combatidos a priori como fazem os bocós politicamente corretos.
Se eu me ofenderia em receber uma cartilha dessas? De modo algum! Embora eu não precise dela, eu sei que bastante gente precisa e eu entendo a ideia por trás da medida. E infelizmente sabemos que mesmo com essa preocupação, ainda tem e vai ter muito imigrante repulsivo fazendo coisas repulsivas. Eu apoio Quebec 100% em suas medidas polêmicas, e sei que a maioria dos canadenses também apoia, muito embora não se manifestem, pois se acham na obrigação de ser politicamente corretos.
8 comentários:
Juro que parece mentira ouvir falar de uma sociedade que sugere que não se faça proselitismo religioso, ai, ai...
Mas cada um tem a cartilha que merece. Lembra as do Rio de Janeiro? Dicas para sobreviver na selva! Que vergonha!
É... aqui eles avisam pros sem noção (às vezes) que não se deve ficar esfregando a própria religião na cara dos outros q não participam dela. Nessa cartilha eles citaram isso. Canadense não faz isso de modo algum (e poucos são crentes), e eu diria q a maioria dos imigrantes tb não, pois mesmo os crentes ficam meio acuadinhos no novo ambiente, mas sempre tem aqueles poucos cretinos cheios de religiosidade e muita autoconfiança proselitista, né...
Imagino que tenha extremos mesmo. Mas só de viver em um ambiente que desestimula a prática, nossa, já vale muito.
Com certeza. Eu adoro isso aqui. O negócio é neutro e não tem essa de idiota se orgulhar por ter religião e nem mesmo tocam no assunto qdo não há intimidade entre os interlocutores - mesmo os religiosos respeitam isso. Até fala-se sobre religião, mas sempre de um modo científico, imparcial e nunca pessoal. No meu emprego tem cristão, muçulmano light, budista e ateu. A gente fala sobre religião, mas como se ninguém ali tivesse uma, de um modo totalmente distante. Isso é muito legal. Deste modo há informação mas não há proselitismo e nem a babaquice que existe no BR.
Esta de pedir para as pessoas não falarem alto deveria ser distribuida aqui no Brasil tb, e claro pedir para as pessoas não jogarem lixo nas ruas. Aliás os brasileiros ai causam outros probls como jogar lixo na rua? não atravessar na faixa e desrespeitar leis de transito em geral??
Sim, os brasileiros aqui dao os vexames de praxe (principalmente falar alto e ser grosseiro) e ainda mais. Mas nao se nota muito, pq os mais imbecis sao os burguesinhos que vem de passagem e dai fica uma coisa meio esporadica demais p/ se identificar os autores, ainda mais misturados a todo tipo de estrangeiro que vem na temporada. A nao ser p/ nos que os conhecemos bem. Mas eu ja tive a oportunidade de falar com gente que tem birra especifica de brasileiro, porque ja teve algum como roommate. Foram dois casos. Dai nao tem como disfarcar.
Eu tenho reparado que ultimamente essa mania q o brasileiro tem de falar alto está cada vez pior. E até a mídia incentiva isso. Notei que na TV os comerciais sempre tem o volume mais alto do q os próprios programas. Além disso, a moda agora é fazer a propaganda gritada, tentando parecer empolgação. Toda hora tem alguém berrando na TV anunciando algum produto. E tb notei q nas novelas tem cada vez mais discussões e gente berrando. Assim fica difícil. Educação civilizada pra q, né?
Essa coisa do volume dos comerciais eu tb já tinha notado. Mas o q eu sempre notei tb é q o brasileiro tem essa mania de ser muito gregário e qdo se junta, um quer sobrepor a voz ao outro, e acabam todos gritando ao mesmo tempo. Desde criança isso me incomoda e chega a me dar dor de cabeça. Mesmo estando em grupos grandes, não há necessidade gritar, mas o povo parece q se empolga demais. Aqui, mesmo em festas, as pessoas não gritam. E quem grita se torna ainda mais desagradável, pois é exceção e chama muito mais atenção.
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